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Usar elementos repetíveis

Uma abordagem improvisada ao projeto demanda muita energia e recursos, além de correr o risco de deixar passar alguns dos elementos necessários. A melhor maneira de simplificar o que deve ser feito é utilizar elementos repetíveis e, de preferência, realizá-los em ciclos repetíveis.

Exemplo: Checklists de qualidade

Um checklist é um exemplo simples de um elemento potencialmente repetível que muitas pessoas usam em suas vidas pessoais e profissionais. Tome como exemplo os critérios de qualidade de uma entrega:

Ao fazer isso, um item no checklist pai se tornará repetível para todas os produtos abaixo dele, o que economiza tempo e energia no planejamento e na execução.

Mais importante ainda, uma vez que você faça isso para um projeto, você pode adaptá-lo e usá-lo para todos os projetos semelhantes no futuro, o que é uma forma repetível de planejamento para múltiplos projetos.

Exemplo: Processos e fluxos de trabalho

Alguns produtos ou serviços, ou metas vinculadas a eles, exigem etapas específicas que podem se tornar padronizadas e repetíveis. Por exemplo, se os produtos ou serviços precisam ser projetados individualmente e aprovados, você pode preparar um fluxo de trabalho simples que deixe claras todas as etapas, pessoas envolvidas e durações aproximadas, evitando muitas dificuldades. No entanto, é preciso ter cuidado para não tornar os fluxos de trabalho e processos muito complicados ou excessivamente documentados, pois isso terá uma consequência negativa. Todas as pessoas envolvidas no projeto devem enxergar os fluxos de trabalho e processos como algo que apoia o trabalho delas e torna tudo mais fácil, em vez de como uma documentação burocrática que bloqueia o trabalho real.

Projetos ágeis possuem elementos repetíveis em sua abordagem de desenvolvimento iterativo, onde determinadas atividades de desenvolvimento são repetidas para cada funcionalidade; por exemplo, a rotina diária comum no XP (eXtreme Programming): formar duplas, escolher um item, desenhá-lo em um quadro branco, construir scripts de teste e código, integrar o código, etc.

Além dos fluxos de trabalho repetíveis que podem ser utilizados para atividades técnicas, também é possível ter elementos repetíveis para as atividades de gerenciamento de projetos. Os processos no Guia PMBOK®, PRINCE2® e DSDM®, as atividades no P3.express e os eventos no Scrum são exemplos desse conceito.

Exemplo: Ciclos

Ter elementos repetíveis para gerenciar um projeto é útil. Isso pode ser ainda mais facilitado ao colocá-los em ciclos repetíveis. Esses ciclos simplificam significativamente as atividades diárias das pessoas envolvidas no gerenciamento e liderança do projeto. Ciclos de grupos de processos no Guia PMBOK®, quando utilizados em projetos com várias fases, sequências no PRINCE2®, ciclos diários, semanais e mensais no P3.express, iterações e “timeboxes” no DSDM® e Sprints no Scrum são todos exemplos desse conceito.

Ciclos mais curtos são mais fáceis de entender e usar do que ciclos mais longos; por exemplo, os Sprints no Scrum em contraste com as fases de acordo com o Guia PMBOK®. No entanto, ciclos muito curtos podem não ser suficientes para dar suporte a certos tipos de projetos, e a solução pode ser o uso de múltiplos ciclos, como o uso de ciclos curtos de “timeboxes” juntamente com ciclos mais longos de iteração no DSDM®, ou o uso de ciclos diários, semanais e mensais no P3.express.

Exemplo: Métodos

Utilizar uma metodologia ou um framework para conduzir um projeto é outro uso de elementos repetíveis. Isso pode ser um sistema existente, como PRINCE2®, P3.express, DSDM® ou Scrum, ou um que você mesmo tenha personalizado ou desenvolvido. No entanto, normalmente é melhor começar com um dos métodos existentes e adaptá-lo às suas necessidades do que criá-lo do zero.

Qualquer elemento repetível é abstrato e precisa ser personalizado para se adaptar ao mundo real. No entanto, há um espectro de abstração e necessidade de personalização: checklists de qualidade pequenos e relativamente concretos estão em uma ponta do espectro, com menor abstração e necessidade de adaptação, enquanto as metodologias estão na outra ponta, com maior necessidade de adaptação. Você sempre deve levar em consideração a necessidade de personalização, caso contrário, o elemento repetível não atenderá adequadamente às suas necessidades.


Traduzido por: Edi Venturin


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